quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Relato de insônia

Preciso dormir, mas os olhos aguçados pela treva acabam separando o breu do negrume, em semitons de formas. E o silêncio, que por vezes é o contrário da luz, aplica a sensação de presa voluntária em desespero de nunca ser predada.

O que seria a paz da ausência de claridade se transforma no transtorno de penumbra que é o quarto de um insone, com seus móveis perceptíveis por pupilas tão abertas quanto as fauces de um abismo.

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